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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Tem dias o amor!


O amor!

Todos o sentimos
somos incompreendidos
dizemos que amamos,
o amor...

Ele nunca vai ser acariciado
pelo mesmo amor,
por isso vive encerrado
dentro de cada um de nós
á espera de saltar, falar
e derramar,
mas emudece
quando o eco morre.

O amor é individualista
em cada um,
falamos de amor
encontramos um eco momentâneo
enquanto falamos e sentimos
logo encontramos um vazio,
quando a estrada que traçamos
não é a mesma que juntos percorremos...

Falamos diferente, sentimos diferente!
olhamos diferente, amamos diferente...

Amamos diferente, somos sozinhos no amor...

O amor é sempre amor, amor-amor...
Ele só sobrevive quando
sentimos como deve ser o amor
e se o amarmos como ele deve ser amado...

Entre oscilações,porque somos inconstantes
e variamos conforme o eco.

tem dias que somos melhores que outros,
tem dias que amamos mais que outros
tem dias que nos damos mais que outros
tem dias que nos importamos mais que outros
tem dias que nos cansamos mais que outros
tem dias que nos desiludimos mais que outros
tem dias que acreditamos mais uns nos outros
tem dias que nos despimos para vestir os outros
tem dias que despimos os outros para nos vestirmos
tem dias que nos vestimos de igual mais que outros
tem dias que acreditamos mais uns nos outros
tem dias que desistimos uns dos outros
tem dias que estendemos mais a mão uns aos outros
tem dias que se nos calássemos ouviríamos mais uns aos outros
tem dias que se falássemos diríamos mais uns aos outros
tem dias que a esperança damos uns aos outros
tem dias que recolhemos tudo uns dos outros
tem dias que nos importamos uns com os outros
tem dias que abandonamos uns aos outros

E nesta inconstância!

Ainda nos lembramos de como amar sentir e doar

Tem dias que sabemos falar o amor!

Tem!

Sem dias...

Amor!

Alice Barros

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