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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Quem me pariu... (Texto nº 1.692)


Não! Não foram os raios que me pariram
naquela noite de ventos e águas.
Foste tu Mãe! Sozinha no quarto branco
com dores a rasgarem o céu.

Da fêmea tornas-te mais mulher
quando tiveste a força da espada
e a certeza do poema,
enquanto os punhais te rasgavam o ventre.

E nasci da tua fortaleza
maior que os urros do vento
mais poderosa que a chuva
a estuprar os vidros.


Não! Não foram os raios que me pariram.
Foste tu Mãe! Com gritos a entrarem no mundo
e um azul do sul a chorar alegrias no teu cabelo.

Eduarda
07/Julho/2010



Participação especial da minha querida Amiga Eduarda

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