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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Falar e Viver


A nossa humanidade está em constante conflito com a divindade de Deus.
E sinceramente, não nos conhecemos. Ainda nos rotulamos capazes de muita coisa: De sermos bons, amarmos, perdoar, compadecer. Mas a verdade é que falar é fácil demais, fazer é que é o complicado. Enquanto não é com agente, temos todas as fórmulas mágicas, até pisarem no nosso calo.
Quando Moisés veio propor o pacto do Senhor ao povo de Israel, o povo disse: “Tudo o que o Senhor disser faremos” (Êxodo 19:08). Realmente não se conheciam. Deus ordenou a Moisés que escrevesse os dez mandamentos. Resultado: O povo nunca conseguiu cumprir a Lei. E por causa dessa incapacidade, surgiram os fariseus, povo que falava e aparentava comunhão com Deus, mas na prática não viviam o que falavam. Jesus os comparou a sepulcros caiados, por fora limpos e lindos, por dentro eram podres (Mateus 23:27). Até vir Jesus. Esse não só cumpriu toda lei como homem, como elevou seu padrão.
Se antes ter relações com a mulher do próximo era adultério, agora apenas o fato de desejá-la em pensamento já o é. Se antes era olho por olho e dente por dente, agora você deve dar a outra face se alguém te bater. Ou seja, aparentemente as coisas se tornaram mais difíceis.
Entretanto hoje Aquele que cumpriu toda a lei pode fazer morada em nosso espírito, fazendo com que nossas palavras sejam coerentes com as nossas atitudes. Basta convidá-lo.
Ninguém que recebe a Jesus como seu Senhor muda da noite para o dia. Pelo contrário, sua obra é lenta, pois respeita a individualidade de cada um. Se propõe a fazer na medida em que o indivíduo permite. Ele não é ditador, autoritário, déspota. É um apaixonado pela sua criação.
É como uma grande conquista. Pequenos detalhes diários. Muita paciência e muito amor.
Por isso cada um deve viver de acordo com aquilo em que já foi transformado. Se é um degrau, suba apenas um. Se dois, suba dois. Se apenas um degrau em mim foi transformado e quero subir dois, estou correndo risco de me tornar um fariseu.
Não dá pra colocar todo mundo na mesma forminha e querer que as ações sejam idênticas, como querem alguns religiosos, isso é instigar o farisaísmo.
Eu tenho o Senhor Jesus em meu espírito e creio que está me transformando, não posso ser aquilo que querem que eu seja, sou eu mesma com erros e acertos. Sou eu mesma que ainda comete transgressões, que promete que nunca mais fazer algo e logo em seguida se pega fazendo, que ama, que odeia, que se arrepende, que critica, que fala bobagens,desiquilibrada,que as vezes mente, se etc. Mas o meu Amado permanece me amando e insistindo comigo.
Algumas pessoas esperam que por ser cristã eu seja um modelo de santidade. Lamento desapontá-los, mas sou apenas um ser humano em obras, sujeito a cair como qualquer um.
Acima de qualquer religião ou denominação essa pra mim é uma grande verdade, da qual eu jamais abro mão.

Sandra Freitas

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