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domingo, 18 de julho de 2010

Soneto do último lamento


Cai de mim uma lágrima silente,
Pela esperada e derradeira vez;
Descendo sobre minha palidez,
Onde volta a cor displicentemente.

Seja a alegria irmã do meu coração,
Que no encanto do sol vespertino,
Trace em aquarela meu novo destino,
E faça igualmente do amor meu irmão.

Foi-se para sempre a última lágrima,
Vindo a felicidade como dádiva,
Que agora experimento em minha face.

Eu deixo que um novo sentir me abrace,
Que a agonia tem morada transitória
Onde o sorriso quer fazer história.

Luciene Lima Prado

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