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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O que nunca morre


Se eu pudesse passear pela alma da vida
Encontraria o cheiro de uma flor que secou
O voar de uma borboleta, antes colorida
O verde de uma folha que em dourado se tornou

Ouviria o cantar da andorinha que partiu
Sentiria no dia, a luz do luar
Reconheceria o brilho da estrela cadente que caiu
E na sombra da lua, o sol a passar

E ainda no frio do inverno
Veria a folha de outono que secou
Veria o verão quente e terno
E a primavera que tudo floriu e mudou

E porque tudo isto vive ainda
Se tudo é passado e se foi
Porque tudo o que à vida se dá, nunca finda
Permanece vivo, em lembrança que não doi

Assim é a lembrança do Homem que partiu
Mas que à vida se deu, sem ficar
Preso em si mesmo e que sentiu
Que morre em vida, o que não sabe dar!

Fernanda Rocha Mesquita

1 comentário:

Braulio Pereira disse...

estou no paraiso das letras

delicia passear por aqui.