sábado, 5 de junho de 2010
Vem buscar-me, amor
Vem buscar-me, amor
Estou sentada na planície
nas bermas da emoção
por onde um rio sereno
me banha o espírito,
as escarpas de dilúvios ruíram
nas imagens de luz
que me preenchem o olhar!
As colinas ficaram no horizonte,
os bosques de amoras negras
são agora prados de trigo…
Vem buscar-me, amor
a lua aconchega o meu olhar
e na íris dançam os teus poemas
com o sal de uma lágrima
que teima em me beijar!
Salva-me desta loucura
que o corpo impele a naufragar…
Contudo
os sonhos que desenhas-te em mim
bradam sons de corpo e alma,
são eles que em todas os segundos
vêem me aconchegar!
Vem buscar-me, amor
é a suplica deste rasgo
em que a loucura toma conta de mim
e só tu no teu profundo querer
me podes salvar…
Ana Coelho
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário