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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Biopsia


Ando a procura
da ponte
que me conduza
ao teu silêncio contínuo,
tão reservado aos teus sentidos.
Preciso com desespero
romper as incontáveis
crostas que encobrem
seu íntimo..
E nada parece tão profícuo.
És como um espelho
No qual minha imagem
volta vazia,
desencarnada de mim
desprovida de ti.
Meus versos
incapazes e tortos
Regressam fracassados.
Neles ausência
túmulo sem ossos..
Preparo uma corda
Que penetre
Por aquela ferida
ainda aberta
pela desencanto.
Como uma sonda
me trará um ínfimo
pedaço teu, que me contará
das tuas chagas ocultas,
os temores e fantasmas
que engelam teu coração.
E poderei finalmente
Ver meus olhos
Refletidos nos teus olhos...

Sandra Freitas

2 comentários:

SolBarreto disse...

Adoro seus poemas Sandra...
Me identifico com muitos deles...
Seremos almas amigas/irmãs ou vivemos a mesma situação??
Bem o que importa é que vejo em você uma grande mulher, uma alma sensivel, uma pessoa que com ceerteza admiro...

Anónimo disse...

Eu também Solzinha, agradeço muito sua cumplicidade e carinho...de repente somos mesmo irmãs...se vivemos as mesmas histórias ....
também te admiro muito...amiga
muito beijos