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domingo, 6 de junho de 2010

Parto


Tenho um poema
Atravessado nas víceras.
Não me deixa dormir
Não me deixa comer
Eu falo sozinha
embriagada sem razão.
Não sei qual o seu gosto
Não sei qual o seu rosto
Sei que dói o corpo inteiro
Sinto as dores de parto
as contrações,
dilatações.

Quer nascer
Mas tem medo
Se agarra dentro de mim
Minando todas as forças.
Renego o anestésico
Quero senti-lo saindo,
Forte e viril.
Me agarro aos cabelos
Com desespero,
E o suor gelado escorre entre os dedos.


Vem meu infante!
A vida te espera!
Gérmen do amor,
Do amor da mãe consigo mesma
Da cópula do papel com o coração
É aviltante te sentir por dentro
E não poder te ter nas minhas mãos.

Sandra Freitas


Já li muitos e muitos poemas teus!
Uma emoção enorme com este belíssimo Poema nascido da tua sensibilidade apurada e com o poder das tuas palavras!
O meu aplauso sentido!

Beijokas do

3 comentários:

SolBarreto disse...

Lindo Poema!
Adoro ler seus poemas...você ja deveria ter publicado um livro sabia!
Voce coloca beleza e leveza ateem momentos de dor, de solidao, de sofrimento...isso e um dom , é encatador...

Anónimo disse...

Obrigada Solzinha...você sempre me incentiva...obrigada mesmo..
milhões de beijinhos..

Anónimo disse...

Obrigada Zé...Pelas palavras tão carinhosas...
bjos