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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Semeio o Sol


Caiu de espasmo em espasmo
em golpes infringidos pelo vento
o verde da árvore que me erguia vertical.
Deitaram lágrimas as estrelas do céu
apagou-se a luz que tombava do luar
e que me afagava docemente o rosto.

O tempo, com tempo,
foi percorrendo equações circulares
sempre sem teorias de resolução.

Mas hoje…
alvoreceu a manhã como um mar indomável.

E é então que …
semeio o sol na seara da vida.
Ponho as mãos em fuga
de um combate sem aliados.
Sorvo néctares, muitos néctares de vigor.
Pego em flautas e violinos
combato moinhos de vento
e encho pautas musicais
de notas livres como a brisa.
Marta Vasil

2 comentários:

Colibri disse...

Olá,

Belíssimo poema agitado, cheio de energia e emoção.

Até já oiço as notas agitando-se entre as claves de sol e de fá...

Um abraço grande e óptimo 2009!

Colibri
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O meu último sentir…
A grande revelação é acreditar… (Novo blog: Eis-me aqui).
Brevemente terei um novo post em Traços de Angola.

CarlaSofia disse...

É lindo, este poema. :)