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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Renascer


Caía a noite ávida de chegar
Estilhaçava-se o sossego em que me deitava
Paravam os voos de borboletas
onde ao entardecer eu esvoaçava
Telas recobriam-se de tintas
que o tempo, sem dó, apagava
Acendiam-se chamas fosforescentes
em florestas virgens de mãos.
Paravam as melodias silvestres
brotadas do rumorejar das fontes.
E em cachos abundantes
nasciam vogais e consoantes
em fabrico de novas palavras.

Marta Vasil

2 comentários:

Paula Raposo disse...

Muito, muito belo!! As novas palavras que se escrevem, sentidas. Muitos beijos.

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Envio-te cachos abundantes de palavras amigas e de gratidão.

Marta Vasil