Um verso de água
brotava da neblina inflamada.
Sôfrego
bebia o azul do mar
até lhe sobrar apenas o incolor.
Os olhos sabiam do abismo do mar
e sabiam do delírio do verso
que voava rente à fluidez da espuma.
Sabiam ainda que o azul não ressuscitava.
Mesmo assim
entre línguas de areia
o verso surpreendeu os lábios
num beijo de cristal.
E o verso naufragou.
brotava da neblina inflamada.
Sôfrego
bebia o azul do mar
até lhe sobrar apenas o incolor.
Os olhos sabiam do abismo do mar
e sabiam do delírio do verso
que voava rente à fluidez da espuma.
Sabiam ainda que o azul não ressuscitava.
Mesmo assim
entre línguas de areia
o verso surpreendeu os lábios
num beijo de cristal.
E o verso naufragou.
Marta Vasil
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