Murcham as pétalas das rosas pela ausência dos beijos
E chovem as lágrimas do céu pela ausência da esperança
Enquanto na terra nasce um lago de um intenso vermelho
Com peixes de asas brancas que nadam e voam ao sabor do
sonho
Os ramos das árvores cantam a neve fofa e fria
E as mãos crescem ao vento pelo grito que bate contra a
montanha
Enquanto a floresta acorda num verde raiado de sol que se
espreguiça da morte
Com o rio a escorrer do leito para um (a) mar desconhecido
Os passos recusam o caminho pelo cansaço das promessas
O corpo cego pelo passado descobre um futuro vendado pelo
medo
Enquanto o olhar brilhante e o sorriso inquieto avançam mais
um dia.
Vanda Paz
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