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domingo, 14 de dezembro de 2008

Isso me assusta


O sol foi dormir...
A neblina se deita
sobre a colcha verde da relva
esfriando corpo e alma.
A noite me recebe
como palma aberta de uma mão
que acaricia.
Estou aqui...
Alvo fácil da tua mira.
Embora teu olhar não registe.
Aqui estou eu...
Na urgência do meu tempo
Querendo a seiva dos teus beijos.
Ofertando meu coração.
Se me olhar, derreterei facilmente
do teu mel inundada...
E sobre teu peito arfante
Transporei dos sonhos os portões.
Vem...
Porque imaginar a noite sem você...
Me assusta...

Glória Salles

1 comentário:

Ana Coelho disse...

Um excelente poema da querida Glória, que saudades tenho dela.