terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Espelho do Tejo
Linda varina com graça
na minha terra todos os dias
vende na praça.
No pé leva a chinela,
que linda saia rodada
de canastra na cabeça
lá esconde
o que vai dentro dela.
A garra da mulher da praça!
Vende com muita chalaça
vem aí um pregão,
a graça que vai sair.
- Olha que bonito peixe,
leva menina bonita
pra o teu marido comer!
E os varino com jeito
levam ela no seu leito,
no rio
que lhes dá de comer.
Este Tejo de varinos
que passa na minha terra
ternas correntes de amor
levam o vento
em águas frias, meladas,
muitas vezes aquecidas
outras vezes embaladas
em noites de alvorada.
Espelho-me nessas águas
numa aliança de amor.
No meu peito, eternamente
guardada,
no Tejo do meu amor.
Cristina (Mim)
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