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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Forjando a Armadura


Nego-me

a me submeter ao medo...

Que me tira a alegria de minha liberdade,

Que não me deixa arriscar nada,

Que me torna pequeno e mesquinho.

Que me amarra!

Nego-me

a me submeter ao medo...

Que não me deixa ser direto e franco,

Que me persegue,

Que ocupa negativamente minha imaginação,

Que sempre pinta visões sombrias...

No entanto não quero levantar barricadas

por medo do medo...

Eu quero viver,

e não quero encerrar-me...

Não quero ser amigável

por ter medo de ser sincero...

Quero pisar firme

porque estou seguro

e não por encobrir meu medo.

E, quando me calo,

quero fazê-lo por amor

e não por temer

as conseqüências de minhas palavras.

Não quero acreditar em algo

só pelo medo de não acreditar.

Não quero filosofar por medo

que algo possa atingir-me de perto.

Não quero dobrar-me,

só porque não tenho medo de ser amável.

Não quero impor algo aos outros

pelo medo de que possam impor algo a mim.

Por medo de errar,

não quero tornar-me inativo.

Não quero fugir de volta

para o velho, o inaceitável,

por medo de não me sentir seguro no novo...

Não quero fazer-me de importante

porque tenho medo

de que senão poderia ser ignorado...

Por convicção e amor,

quero fazer o que faço

e deixar de fazer

o que deixo de fazer!

Do medo

quero arrancar o domínio

e dá-lo ao amor...

E quero crer

no reino

que existe em mim!

Rudolf Steiner

Escrito no início do séc.XX


Pesquisa da minha grande Amiga Aurora Rich

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