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domingo, 11 de abril de 2010

Poetar


O destino é traço de nossos passos pelo chão
E por mais que tentemos a alegria alcançar
Aqui não estará pois não é deste mundo
Os vazios procuramos preencher com ilusões
Uma luz, um aconchego, uma razão de ser
Em manhãs ensolaradas, visto-me de poeta
E brinco, a "poetar" sentimentos
E profetizando meus sonhos, volto a caminhar
Em noites enluaradas sonho promessas de vida
No ofício de juntar cacos, a trama do desatino
No rosto, sorriso amarelo camaleoando girassóis
Amolo a infinita paciência com a faca afiada do sentir
Pois só o sentir tranforma essências em luz
Convém ao mundo que os ciclos se fechem
Outonamente
As folhas caem das árvores e voltam verdejantes
Simplesmente transmutadas em brilhos radiantes
Outonamente
As lágrimas de meus olhos como os do poeta, fadigados
Adubam a nova terra por onde hei de pisar
Tarefa de trazer de volta quem sempre fui
Ornada antecipadamente pela primavera que virá
A inspiração voltando branda mas plena
Cá, dentro de mim, em batalhas
Debatem-se a poeta e a louca
Ambas vencem
Ontem hoje e amanhã, velhas amigas.
Como um vulcão em chamas meu coração estanca
Revestido de ternura, beleza e graça.

Luciana Silveira

LU
Como senti este poema! Muitas vezes estou triste e escrevo um poema. Quando acabei,saiu um poema para encantar os outros! Magia da Poesia e da Vida!

Beijos do ZÉ

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