quinta-feira, 15 de abril de 2010
Beijo ausente
Nas cortinas do tempo, bordei minhas quimeras
Templário de sonhos, foste tu, que arquitetei
Observei-te ao longe, já de outras e outras eras
Sorvendo as essências daquele beijo que não dei
Na medievalidade da existência, enclausurei-me
Nos antros de fantasmais e impenetráveis castelos
Oh, Deus!Como não afoitei do cavaleiro achegar-me?
Hodierno estado, são as acabrunhas dos meus anelos!
Símplice plantinha, na estrada, observei tua passagem
E preservei no âmago do meu ser, tua figura heróica
Beijei-te, em filigranas de sonhos, mas sem coragem
Nunca proferi sequer eu te amo, na paisagem bucólica...
Bailaram as sazões, os meses, os anos... Novas estações
Maquiei-me de rugas, encaneceu a minha melena
Anego ainda em meu ser ósculo ausente... Tantas ilusões
Rascunhei uma biografia em sonhos!Esperei como Helena!
Denise Severgnini
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1 comentário:
Obrigada,José, pela publicação deste meu poema que eu gosto muito no teu seleto blog.
Beijinhos,Denise
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