Outros Blogs do meu grupo:


terça-feira, 20 de abril de 2010

Esfinge


Me olhas por entre

as lacunas do tempo.

No vento

aspiras meu cheiro de fêmea.

Minhas teias

circundam sua mente.

Noites em claro,

Suor pelas mãos,

Calores intensos.

Tenso

recorre aos astros em desespero.

Suplica aos céus uma saída,

uma resposta

E é só silêncio.

Tenho sido seu pesadelo constante.

Pelas ânsias que te provoco

crepidam desejos ardentes.

Inflames

suplicam a saliva da minha boca.

Me dou em pequenos pedaços

e fujo gargalhando

do mal que provoquei.

Me apetece

te ver em delírios..

Impiedosa, a noite despede-se galante.

Jaz o último o grão na ampulheta.

Não há mais tempo,

decifra-me

ou eu te devoro!


Sandra Freitas

Sandra minha Amiga e Colega no site:
http://poesiavivaluz.ning.com/

Sem comentários: