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sábado, 29 de novembro de 2008

Chuva e lágrimas


Ouço chuva,
muita chuva!
Vou até à janela
e vejo:
Salpicos de água,
que parecem lágrimas
escorrendo pela minha face.
Olho o horizonte
que meus olhos alcançam:
tudo me parece tristeza;
ninguém na rua.
Vêm ao meu pensamento,
os que não têm casa
e que andam por aí …
A mãe natureza,
enviou chuva,
para lavarem:
as suas mágoas,
as suas angústias,
as suas esperanças vãs.
Parou a chuva,
mas pela minha face,
vão escorrendo lágrimas …

José Manuel Brazão

2 comentários:

Hugo Rebelo disse...

E como aperta a alma pensar na questao...

saudações

http://coresemtonsdecinza.blogspot.com

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Amigo José,

Se essas lágrimas que correm pela sua face lavarem todas as tristezas, deixe-as cair em dilúvio. Se assim não for, seja mágico, ria, ria muito até elas se transformarem em lágrimas de alegria.

Um beijo e bom fim de semana

MV