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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Silêncio


O rosto do silêncio
entrou de rompante
rasgando a serenidade
o caminho da doçura
a luz frouxa do dia
a tranquilidade da noite.
Só ficou a lua
no seu imenso silêncio
a inebriar-me
neste tempo que foi ontem
e que é hoje.
Fugiram as palavras
por veredas invisíveis,
caminhos sem forma,
sem vida, sem destino.
Ficou o vazio do tudo
e permaneceu o escuro sem cor.
As palavras que eu queria
habitam numa casa
sem morada e sem tempo
chamada SILÊNCIO.

Marta Vasil

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