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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Saudades do que foste em mim...






Como pai e avô fiquei emocionado e deliciado, com a saudade e a gratidão, respectivamente, dum Filho.Não o perdeste e eu sinto que ele estará sempre junto de ti. Só que não vês!
Muita Luz para ambos
José Manuel Brazão



Saudades do que foste em mim...

Saudades dos momentos passados,
saudade dos silêncios calados…
As memórias que ficaram
nas histórias que nunca acabaram…
Dizem-me que foste,
talvez para o céu
Eu não acredito em nada,
essas mentiras escondidas num véu!
Eu acredito que te refugiaste;
que fugiste deste mundo cruel
Acredito que foste
para lá da sombra…
para da tristeza…
e lá conseguiste chegar…
Ao sitio onde estupidamente;
menos procurei
naquele meu coração
que achei acabado…
destroçado…

nessa tua irreal morte…
Acredito que estás em mim
nas lágrimas que deito,
nas palavras que escrevo…
nos sorrisos em que me deleito…
perdido no pensamento teu…
Pensamento de ti…
Pensando quando foste.
Foste na alegria do fogo
de um ano p’ra estrear;
completamente novo,
pronto para recomeçar…
Escrevendo de novo a tua história…
Dizendo que finalmente…
Foste feliz…

Perco-me em pensamentos
conto as dívidas
que tinha para consigo…
Encontro-me no brilho
das recordações tão lívidas
quantas as mágoas
e alegrias nos teus olhos…
repreendo o passado…
Tanto sentimento
que aqui, foi preso em mim
tão pouco mostrado…
E agora perto do fim…
Lamento porque estás em mim,
vives em mim;
dentro de mim…
Lamento pois não à mais nada,
que eu possa fazer;
se ao menos houvesse uma fada
que me pudesse atender!
Este meu desejo
de um último abraço
De último adeus
a este meu……
Imortal…amigalhaço!

Obrigado pai!...
Blackbird

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