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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Quando partir


Quando partir,
levarei comigo,
todos os que estão
na minha existência
gravados e amados.

Todos os que a consciência
me alerta como amigos
ou inimigos.
Para estes o meu perdão,
a minha compaixão!
Para os outros
a minha consolação
e divina protecção!

Quando partir,
levarei comigo,
as coisas lindas
que a Vida me deu,
dar amor, ser amado,
usar a gratidão,
ser fiel aos sentimentos,

Quando partir,
levarei comigo
uma mala vazia
de coisas fúteis…

José Manuel Brazão

2 comentários:

Maria Oliveira disse...

Quando partir, levarei a consciência tranquila que fiz sempre o que deveria ter feito...talvez fosse bom ter dado mais um abraço... quando partir levo comigo a preocupação sobre o destino desta humanidade que agoniza e se perde em dias obscuros e que deveriam ser os seus valores mais profundos... e que estão a cair em esquecimento...

Adorei o poema!
Abraço

Anónimo disse...

Que nossos olhos tenham sempre o privilegio de ler o que escreve, que extravasa em seus versos, escritos com tanta força e beleza, alma e coração.
São perolas deixadas em seu cantinho, e que nos faz acreditar sempre num mundo muito melhor a partir do carinho sincero, do amor verdadeiro.
Um poeta como você, que vive por depositar as veias a serviço da arte, com essa simplicidade heróica, que é uma característica freqüente em tua obra, vai ser sempre lembrado.
A poesia agradece, e todas as letras aplaudem.
Não fale em partir querido, fale em ficar, sonhe com o que quiser,com o que lhe faça feliz, muito...
Você já sabe, o meio pode ser virtual mas o carinho...
Ahhh esse é muito real..

Bjo,bjo.