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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Vá…deixa-me abraçar-te

 

Triste é o voo da borboleta que te espreita à espera de um sorriso (suspira-lhe vida)
Desbotada está a rosa na tua jarra, também de olhar caído,
a mesma que te fez chorar de alegria (murmura-lhe um cantar de rouxinol)
Existem dias em que a compreensão não tem caminho e escapasse-nos na voz de quem tem razão.
Poderoso é o silêncio que nos corrói de morte (grita)
Mas o que interessa é que essa tristeza amanha já tenha um sorriso,
mesmo que desmaiado e sem cor (acredita)
A vida é feita de pequenos contratempos que quando se nos apresentam são monstros que nos asfixiam os sentidos (assusta-os)
Mas a calma e a sabedoria ajudam a olha-los com respeito
Enquanto o tempo e a persistência ajudam a atenua-los
ou a resolvê-los o melhor possível (como o beijar das ondas a areia)
Vá…deixa-me abraçar-te, talvez no meu abraço encontres o conforto que precisas
Talvez o calor do meu corpo te dê forças para sentires o rio de esperança que corre dentro de ti
Deixa-me dizer-te ao ouvido o quanto te amo e que vou estar sempre aqui, do teu lado
Sempre foi assim, desde que nasceste que és o ar que respiro e a vontade de ficar
O meu dia e a minha noite nos tons do arco-íris

Agarra-te ao sonho de seres mulher e vive a vida carregada de alegria

De qualquer modo, e para prevenir a tua resistência à alegria,
vou encomendar uma pizza e jantamos as duas no aconchego do nosso sofá
a ver um filme fantástico (ou quem sabe do Mr. Bean) até que a noite chame por ti.
Eu ficarei a guardar o teu sono, a tua vida, as tuas tristezas e alegrias,
como sempre faço e que tanto me faz feliz.


Vanda Paz

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