Não sei se consegue entrar no meu olhar e ver as mortes que
sofri
Ou os pecados, as ofensas, a traição e as omissões que cometi
Não sei se veio para julgar ou apenas para sofrer e perdoar
Sei que o mar já não é azul mas vermelho de sangue
Pelas guerras incansáveis entre os Homens, aqueles que criastes
Como máquinas perfeitas mas tão imperfeitos nos sentimentos
As mãos em concha viradas ao céu choram as dores da vida
Enquanto os olhares não vão alem das paredes da casa que tem fome
A vaidade vai matando a terra que chora os seus frutos que não vingam
Porque o vento já não sopra mas polui o ar que respiramos
A raiva e o ódio correm de mãos dadas com a vingança
Enquanto a justiça dorme à noite com o suborno como vadia insaciável
Os rios correm angustiados à passagem pelas terras em poisio
Enquanto as folhas de outono já não caem com medo do esquecimento
As crianças já não correm de braços abertos aos beijos nos políticos
Estes agora dão-lhes fome, tiram o emprego aos pais e deixam morrer os velhos
E a igreja já nada pode fazer porque come à mesma mesa que eles
E os que não comem esgotam-se em planos loucos para dar agasalho aos pobres
Está tudo perdido porque a alegria morreu nas lágrimas e o suspiro sufocou
As pessoas já não se amam para sempre e correm por um tempo que não existe
E eu que queria tanto ver os meus filhos a verem os filhos sorrir
Como eu agora vejo os meus felizes na ignorância de um futuro
Peço-lhe que nos perdoe, que perdoe os Homens, o mundo, a vida
Que perdoe o sol, a lua e os ventos, que perdoe tudo, até os pensamentos.
Ou os pecados, as ofensas, a traição e as omissões que cometi
Não sei se veio para julgar ou apenas para sofrer e perdoar
Sei que o mar já não é azul mas vermelho de sangue
Pelas guerras incansáveis entre os Homens, aqueles que criastes
Como máquinas perfeitas mas tão imperfeitos nos sentimentos
As mãos em concha viradas ao céu choram as dores da vida
Enquanto os olhares não vão alem das paredes da casa que tem fome
A vaidade vai matando a terra que chora os seus frutos que não vingam
Porque o vento já não sopra mas polui o ar que respiramos
A raiva e o ódio correm de mãos dadas com a vingança
Enquanto a justiça dorme à noite com o suborno como vadia insaciável
Os rios correm angustiados à passagem pelas terras em poisio
Enquanto as folhas de outono já não caem com medo do esquecimento
As crianças já não correm de braços abertos aos beijos nos políticos
Estes agora dão-lhes fome, tiram o emprego aos pais e deixam morrer os velhos
E a igreja já nada pode fazer porque come à mesma mesa que eles
E os que não comem esgotam-se em planos loucos para dar agasalho aos pobres
Está tudo perdido porque a alegria morreu nas lágrimas e o suspiro sufocou
As pessoas já não se amam para sempre e correm por um tempo que não existe
E eu que queria tanto ver os meus filhos a verem os filhos sorrir
Como eu agora vejo os meus felizes na ignorância de um futuro
Peço-lhe que nos perdoe, que perdoe os Homens, o mundo, a vida
Que perdoe o sol, a lua e os ventos, que perdoe tudo, até os pensamentos.
Vanda Paz
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