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terça-feira, 16 de março de 2010

Agitação


As palavras do meu poema
têm a cor da saudade.
Talvez a saudade absurda de sonhos
medrados na inocência dos cravos.
As rimas do meu poema
têm o odor da saudade.
Talvez a saudade proibida
de sonhar em contra-mão.
As metáforas do meu poema
têm o paladar da saudade.
Talvez a saudade envergonhada
do hálito quente deixado pela voz das cigarras.
E assim me agito neste ninho de saudades
sem descanso para as minhas asas remendadas.

Marta Vasil

1 comentário:

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Belas estas palavras de Mário Sá Carneiro. Excelente escolha para dar intensidade a esta saudade a que me refiro.

Beijinho