sábado, 3 de outubro de 2009
Velho do mar
Seus olhos, olham para o rio
Defuntos de uma alma
Em correntes de corrupio
Nas vertentes que acalmam
Presos de cruz e ardor
Numa página que lhes fugiu
Lobos despidos nas escuras
Aguardam nas noites pardas
Das forças penadas e puras
Passeios de muita calma
A bengala que os segura
E o velho cão que os guarda
No mar já deixaram a fraga
A bússola e a amarra
Só sobram as ilusões
Dos casacos com brasões
Decorados com botões
De choros de muita mágoa
É uma solidão a dois
Esperado o farol na plaga
Cristina Pinheiro
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