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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Acordar


Morder os sentimentos até ao osso
para que as palavras comecem a falar
-seja a gemer, seja a gritar.

Que a planície acorde da lassidão
e acordem as mãos que retraio no peito
Que sopre uma brisa musical
e me devolva as cordas do violino
Que as pupilas cresçam nómadas
e descubram novos fulgores para os sentires
na íris, há tanto tempo acomodados
Que o luar me volte a lamber os dedos
e faça estremecer as imagens apagadas no peito.

Marta Vasil

1 comentário:

Cristina disse...

Gostei de conhecer a Marta, é bom conhecer quem escreve tão boa poesia...e do virtual passar ao real.
Muito lindo!
Um beijo grande