terça-feira, 31 de março de 2009
Árvore da indefinição
Se estremeço em cor de papoila
e afogo esse rubor no silêncio,
Se te sinto astro
e te enraízo no chão,
Se soletro as cores das tuas palavras
e as escondo no escuro do castanho,
Se adormeço no clarão dos teus olhos
e com medo hipnotizo os sonhos,
Se quero as tuas mãos entre as minhas
e logo domo a pressa de as afagar,
Se me liberto de preconceitos
e se depois emudeço,
Se sorrio ao azul da tua cor
e a sopro nas velas do vento,
Se suspiro no mel dos teus gestos
e prescrevo silêncio no coração,
Se ateio o sabor dos beijos
e os acomodo nos galhos das árvores,
Diz-me tu que sabes que existo
se isto é amor ou não.
Marta Vasil
imagem de Isabel Lassuta Monteverde
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1 comentário:
Olá
Por acaso vim parar ao seu cantinho e sorri ao ver o poema da Marta juntamente com uma imagem minha. Pela minha parte agradeço-lhe, foi agradável.
Abraço
Isabel
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