quarta-feira, 18 de março de 2009
Velho
im de tarde!
Soltam-se tons. Cheiros. Cores.
O velho sentado em assentos de solidão
recolhe pedaços de vida
e bebe pelos olhos já minguados
a força anímica da Primavera.
Rema alegrias no cantar das aves
e com as mãos a tremer
retoma rotas esquecidas na memória.
Debica odores derramados pelas flores
e com os dedos a crescer
constrói dicionários de sabor a mel.
Recolhe cores espargidas pela brisa
e com o peito a pulsar
embriaga-se de palavras de esperança.
O velho, ao fim da tarde
sentado nas vidraças das lembranças
nidifica sonhos nos beirais da Primavera
saciando, por instantes, fomes da VIDA.
Marta Vasil
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