quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Celebração
Em noite amachucada de branco
Onde a poesia desmaiava
No deserto do meu corpo,
Nasceu um rio de silêncio
Que venero até hoje
O caminho do tempo
Está coberto de rosas brancas
Que soltam aromas avermelhados
Quando o desejo chama
E se cobre
Com o sabor da tua voz
Refresco o meu instinto
Com a amizade
Que entregas em ondas suaves
Que rebentam
No meu abraço
Sinto o rodopiar das nossas almas
Que dançam algures
Entre a brisa do mar e o luar
Entre emoções tão breves
Como o tocar dos teus lábios nos meus,
O fechar dos teus olhos…
Guardo sempre a tua seiva
Que me alimenta
Até ao próximo concerto
Onde nasce a melodia do prazer
Quando tocas o meu corpo
Feito harpa de murmúrios,
Húmidos
Hoje,
Sou poema,
Porque sou sangue
Terra
Mar
Sol
Noite
Luar
Sou solidão eterna
No sorriso do teu olhar
Vanda Paz
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