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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Desencantos


Nesta vida já não sei quem sou...
Este meu enleio, esta angustia estranha,
De uma tristíssima paixão que por mim passou...
Uma impossível mágoa sempre me acompanha.

Que doloroso mal sofrer tanto sozinha!
Na penumbra do meu Alentejo encantado
Trago tantas dores a habitar dentro da minha!
Em gritos de dor, tomba o coração desprezado...

Neste mundo coberto de sonhos e pecados.
Talvez um dia entenda a vida, esse mistério...
Os muitos murmúrios tristes e desolados.
Quando eu um dia alcançar a paz no cemitério!

Luisa Raposo (texto e imagem)

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