sexta-feira, 10 de julho de 2009
Sinto
Sinto
A realidade gritante
Dos dias de primavera
Longínquos
A dor muda que afoga o peito
Sinto
A voz estonteante do espelho
A imagem envelhecida pelo tempo
Sem sedução
O calor desértico deste verão chuvoso
Onde baloiçam as nuvens
Sinto
Pressinto
A levitação do chão
Onde dormem os pés
Cansados de caminhar
Sinto
A rouca razão que não quero escutar
Espanto o vento
Na esperança de não ver a nu
As rugas de um corpo que nada desperta
Sinto
Que tudo é mortal
Neste temporal de emoções
Que sinto sem querer sentir
Fantasmas reais
Envoltos de mistérios perdidos
Encobertos pelos olhos cegos
Dos sonhos inacabados
Em memórias
Sinto
Acordar
Tudo que desejo adormecido
Mas ainda assim
Sinto
Todo o amor profundo
Inconfundível
Que nada pode apagar
Sinto
As lágrimas molhadas
No rosto triste
Na tristeza de saber chorar…
Quando só quero sorrir…
Ana Coelho
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Sinto mais uma vez o teu carinho com toda a forma bela de mostrares a amizade e admiração que é recipoca...
Este poema é para mim muito especial
Obrigada
Beijos
Enviar um comentário