quarta-feira, 1 de julho de 2009
Madrugada
De uma madrugada
sem eira nem beira
nasceu uma manhã
aniquilada .
Seu corpo
coberto de nada
deitou-se
(no que pensou
ser o seu mundo)
agarrando-se
à vida que a evitava.
Agora,
desdobrada na dor
que a acompanha,
morre devagar
como quase nada,
aquela manhã,
quase abortada,
que nasceu do cio
da madrugada.
Vanda Paz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário