O meu poema é a cal que a chuva arranca ao muro
ou o muro lavado pela chuva.
É a erva daninha crescida no meio do trigo
ou o trigo nascido no meio do joio.
É a fera de cornos em afiados
ou o touro bocejando lírios.
É a maçã podre a arrepiar-me
ou a cor dessa maçã a seduzir-me.
O meu poema sou eu Hoje
Ontem
Amanhã.
É intemporal.
O meu poema é sempre vento ou brisa no peito
na velocidade com que as mãos lhe colhem as palavras.
Marta Vasil
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