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terça-feira, 30 de junho de 2009

Diana... um Anjo



Amo-te, tão ternamente
Amei-te...

tão ternamente!...
E revejo-te a ensaiar passos de encontro
aos meus passos e abraços
tão felizes,
que de amar-te guardo o riso,
guardo a fonte,
da saudade que me segue
em passos próximos...

Amei-te...
tão ternamente!...
Que em memória se me embarga
a voz, de rouca,
quando leio a história que te contou...
E as palavras que sabias, de tão poucas!,
-a mais bela, a mais ouvida, a mais gravada,
tenho-a ainda no meu peito cravejada:

-MÃE...

Ai de quem
perde o eco desse apelo
assim ceifado,
sem aviso,
arrancado!

E eu preciso
eternamente
repetir-me
a saudade,
repetir-te
eternamente:

Amo-te...
tão ternamente!...

O dia em que eu chorei para dentro

O dia em que eu chorei para dentro foi-me fatal. Essa manhã acordou já húmida, o Inverno agarrara-se a fiapos de nevoeiro, tentando aquecer-se, mas o efeito foi o contrário: fiapos de algodão levados a frio extremo transformam-se em agulhetas de gelo... que ferem, que fazem sangrar...Mas foi a humidade que me danificou, mais que o frio. O frio foi até meu amigo, paralisou-me, ficou ali comigo, petrificou-me, como se quisesse que a Dor passasse por mim sem me notar...A humidade foi-me cruel fatalidade. Não aquela que pingava na visibilidade do ar, cá fora! Não, essa não. O problema foram as lágrimas quentes, que, trementes e tementes do frio cá fora, se recolheram aos meus olhos e me caíram para dentro... Não sei bem que dano irreversível me causaram, sei lá, um curto circuito interno, sei lá!..Sei que nunca, nunca mais, consegui voltar a ligar a alavanca de Arquimedes, e erguer-me acima do nevoeiro......e o sol que consigo, é sol inventado, algures entre uns olhos de mar e uns olhos de mel... e um bater de asas de anjo...

Tera Sá

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