domingo, 27 de fevereiro de 2011
Depois de ti...
Sonhei com um lugar
somente nosso,
onde vivessemos
olhos nos olhos
os silencios
dos nossos pensamentos.
Uma distância que nos separa,
uma vontade que nos aproxima,
um desejo que nos une!
Cada dia que passa
existe ansiedade neste viver
em que sabes
que o meu coração é teu.
E junto de ti
apenas desejo,
que o meu sorriso final
seja em teu braços ficar!
José Manuel Brazão
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Quero apenas...
Quero apenas
teu pensamento em mim
hoje e sempre.
Quero apenas
a tua generosidade
para minha serenidade.
Quero apenas
a tua fraternidade
neste mundo avesso.
Quero viver em ti
e não apenas existir!
José Manuel Brazão
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Mãe
Mãe
mãe é este grito que no silêncio
de todas as dores eu vocifero mesmo sem pensar…
Mãe
não é apenas uma grande palavra
nem mesmo a imensurável emoção de uma canção…
Mãe
mãe é o conforto de todos os momentos
o alento de cada lágrima trancada
nos côncavos da ressurreição…
Mãe
é um olhar que banha o luar
preenche todo o afecto
que nenhum universo consegue abranger…
Mãe
mãe é fera serena que lambe as feridas
afaga as cicatrizes com a luz que verte do olhar…
Mãe
mãe é nascente de cristalina água
que desde o ventre se eterniza
no imensurável calor
que nenhuma labareda se aproxima…
Mãe
mãe é a ti que sempre chamo
antes de o pensamento nascer
mãe, mãe é sempre a sílaba que perante
o mundo inóspito eu grito numa certeza de abrigo!
Mãe
mãe sempre que o meu olhar naufraga
é no teu alento que me escondo do vento…
Mãe
mãe estás sempre em mim
…mãe, mãe
vem-me buscar
para no teu regaço eu chorar…
Mãe
mãe desculpa
se tudo o que por ti sinto
não encontro nas palavras poéticas
nem nos versos deste meu universo literário!
Ana Coelho
Sintonia
O sorriso que ris
ri para mim
teus quentes lábios
que me contagiam
candentes risos
O olhar com que me olhas
olha para mim
teu olhar mais fundo
profundo
O abraço que me dás
abraça em mim
teus braços envolventes
amantes cálidos
E ficamos assim,
ridentes
olhantes
abraçantes
doce e risonhos enamorados.
Nanda Costa
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
O meu grande sonho
Na adolescência
O meu grande sonho
Nunca foi casar
Ter uma grande festa,
não tenho alma de princesa
Quando me deitava a sonhar
Queria muito ser mãe
...Ter alguém nos meus braços
Para embalar...
O bebé, a criança
sempre me encantou
Adoro a sua sinceridade
O poder de brincar
A naturalidade
Sem maldade
Os cristalinos olhos que nos falam
No Choro
No sorriso
No palrar
Que só nos vai encantar
Ser mãe é tanto
É tudo
É tão bom!
Uma enorme sensibilidade
Um enorme poder de criar
Quando se sente dentro de nós um corpo
Tanto nos faz levitar
Amar
É tão nosso
O meu grande sonho
Foi triplicado
Agradeço
Não me posso queixar.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Outono da minha Vida
As folhas caem
como desfalecidas.
O vento as leva
e outras nascem.
Nós partimos
e outros chegam.
Ainda estou vivendo;
o meu Outono!
O corpo dorido
e as folhas amarelecidas,
parecem Outono.
O meu Outono é Inverno:
frio, triste, doente.
Não há agasalho
que aqueça a minha tristeza,
nem um sol nascente,
que traga de volta a alegria.
Outono:
folhas caídas sem destino
que leva o vento.
Agarrado à esperança,
espero pela bonança,
para ser folha com destino …
José Manuel Brazão
* Um dos meus primeiros poemas *
Silêncios
Deus escolheu você
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
O eco das tuas palavras
domingo, 20 de fevereiro de 2011
O amor dá-se...
Gosto de sonhar,
vestido de esperança.
Sonhos belos
que me dão bonança,
sonhos agitados
com turbulência,
que me fazem acordar,
perder a paciência
e aprender:
que amigos
são os que merecemos:
com amor, dedicação,
carinho e compaixão!
Os outros,
apenas são conhecidos…
O amor dá-se,
não se empresta…
Amo-te discretamente
Amo-te
por ser razão
do silêncio dos
meus olhos
por ser sorriso mudo
no canto do meu céu
por ser riso calado
disfarçado
amo-te discretamente
nas pontas dos meus dedos
deixando escrito sobre a pele
um entrelaçar de pulsos...
que batem juntos
Marcia Grossi
Versos adiados
Pousar-me-ei eu teu peito
onde não existe sono
Quero me acordada
saber do teu respirar
brando, morno e úmido
nas batidas do teu coração...
Amar-te-ei lentamente
de olhos fechados
corpo aberto
e versos adiados
Eu não vou dormir
que o poema espere!
Sentindo na pele
Sei bem como é passar por apuros financeiros, ou qualquer dificuldade na vida, até mesmo a escassez de comida. Confesso, mudei a minha maneira de enxergar a vida, e de tudo que me rodeia. Estou tentando ver além, encontrar aquela “esperança” adormecida.
Estou vivendo e sentindo na pele situações que antes eram incompreensíveis. A história se repete, esse bebê parece já ter vivido antes, vem para renascer...
Seu pai biológico perdeu a dignidade de homem, apenas gerou dentro de mim e nada mais! Terei que ser o apoio; ser mãe e pai; ser o que for possível; apenas ser e serei.
Preciso acreditar que a esperança renascerá e que este bebê virá ao mundo para cumprir a sua missão. Sinto na pele o quanto é difícil crer nas pessoas; o quanto é difícil ser mulher; o quanto é improvável a vida.
Estou desconsolada, parece que a sólida estrada da vida se transformou em areia movediça. Tudo está embaralhado, nada parece fazer sentido. Não me surpreende tais atitudes, mas o sentimento é de decepção, perdeu-se qualquer significado.
Peço a Deus, que seja feita a sua vontade; que a verdade e a justiça prevaleçam; que as máscaras caiam; e que a maldade existente na terra desapareça.
Graciele Gessner
Beijo solidário
ZÉ
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Somente por amor!
Olhei teu corpo,
senti teus apelos;
os teus poros
como chamando por mim.
Senti o teu desejo
nesse corpo
em posição de entrega.
Sono agitado, mas
abrindo teus olhos
de braços abertos
recebeste meu corpo
e não mais calaste teu sexo!
José Manuel Brazão
Para ti, que me esperas sempre!
Momentos de paixão
Desde muito jovens que todos temos paixões!
Muitas vezes intensas e noutras ocasiões vivendo em sonhos.
Intensas, porque achamos que aquela pessoa é a mulher ou o homem ideal para a nossa vida!
Porém, a vida não é tão fácil nessa matéria. Exige racionalismo!
A paixão é momento porque passamos para se concluir: ou é efémera ou terá “casamento” com o amor.
Por outro lado e entrando na realidade em que vivemos – salvo as excepções – quem tem ao seu lado o homem ou a mulher ideais?
A natureza da vida muitas vezes põe-nos à prova com um(a) companheiro (a) distinto (a) de nós!
Aí na convivência do dia-a-dia ou se constrói ou se ofusca aquilo que se ambicionava.
Citando palavras da nossa colega Fáti - Fátima Theobald ,que encontrei algures: “um convite para o amor: Aquele que talvez possa durar para sempre, ou aquele que diz: seja eterno enquanto dure...”
Porventura a minha Colega e Amiga Fáti foi beber ao “Soneto da fidelidade” de Vinicius de Moraes ( um dos poemas belos de Vinicius).
E assim é: a vida de um homem e de uma mulher tende a ser uma incógnita!
José Manuel Brazão
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
O silêncio me rodeia...
O silêncio me rodeia,
convive comigo
há muito tempo
como amigo
a que já me habituei
e resignei!
Vou à janela
virada para o Rio Tejo,
vejo as águas serenas,
chuva a cair,
que deixa um cheiro,
invulgar, confortante
que me serena,
me relaxa
e me leva a pensamentos
distantes e recentes.
Vejo imagens
de tempos que não se apagam
e de um presente doloroso,
mas que me deixa uma luz,
que mostra a esperança
a sorrir com a Lua,
iluminando
meu corpo e alma,
sentindo eu as forças
para amanhã
continuar a minha caminhada,
sem hesitar, sem parar!
José Manuel Brazão
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Por ti, em ti!
Por ti
darei o Sol, a Lua,
o afecto, o carinho,
a paixão e o amor!
Em ti
ficará o homem
que vive
momentos felizes,
quando te sente,
te ama,
mas não vive sem ti!
José Manuel Brazão
Há certos poemas teus, que de tão lindos, fogem palavras a se comentar...
A poesia, a imagem e a música - Calo-me diante da beleza do conjunto.
Bjs
Luciana Silveira
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Considerações sobre a paz
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Porta da Vida
Amor além da Vida!
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Lágrimas
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Espasmos de emoção
Escrevi as páginas de um livro
com as gotas de sangue
escorridas na pena de uma ferida,
um golpe profundo no âmago da alma.
Deixei cair todas as locuções
em espasmos de emoção
que ferveram nos poros
mais nobres que circulam
nos impulsos de um coração dissolvido.
Em escarlate verti todas as palavras
com o húmido pensamento
na ponta tremula dos dedos,
os cotovelos amortalhados
enroscados nas sílabas gastas no virgem papel.
Hoje leio cada metáfora
com o rosto destapo
um vasto sorriso
o lívido ardor
nele me aconchego sem vestígios de dor.
Solto o livro
oferto as palavras que podem ser de cada leitor!
O Tacto das palavras
Ana Coelho
Meu coração é teu!
Não me dás teu coração,
nem um pedacinho sequer;
pensava que guardavas
o meu amor
num cantinho qualquer!
O meu coração
derrama lágrimas,
amor e quer
ser teu, só teu!
José Manuel Brazão
[....]
Da vida por certo
é doce este arranjo
que malgrada
não mereço
esse coração de anjo
São doces teus afetos
e aconchegantes carinhos
Não fie na tristeza de chorar assim sozinho.
No meu coração que bate
tens inteiro um cantinho...
rsrsr..bejinhos anjo meu...
Sandra Freitas
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Vou presentear-te
Vou presentear-te na doçura da nossa amizade
Tantas estrelas que você não pode contar
Elas, somente elas, contarão
Nossa história. Elas brilham
Como milhares de vaga-lumes
Nas noites escuras... Florescem
Como centenas de flores silvestres
E elas falam nossa aventura
Que atravessamos os mares que nunca navegamos
De como nós viajamos em sonhos
Rosangela Colares
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Quem me dera encontrar o verso puro
Do teu deslumbramento
pelo Poeta,
do teu encantamento
pelo Homem,
nasceu o verso puro,
um grande amor!
Senti em ti
a Luz que me faltava
que me daria paz e amor!
Tanto que nos amámos
e nos entregámos
a um amor ardente
com a paixão latente!
Tu e eu
aos olhos mundo
vivemos
as raízes desse amor,
que deixou marcas
em nossos corpos
nunca desvanecendo,
porque choramos
isto que sentimos:
angústia, nostalgia,
desejo de reviver
e partilhar esse grande amor!
Quem sabe...
José Manuel Brazão
Poema baseado na seguinte frase:
"Quem me dera encontrar o verso puro, O verso altivo e forte, estranho e duro, que dissesse a chorar isto que sinto!"
Sonhos
Subo na cumieira dos meus desejos
Para gritar bem alto que sou tua
Sons alados na face da lua
E a vida esvai-se nesse sonho
Imperecível
Vejo por entre as frestas dormentes
Fragmentos de nossa história
Que tão lúcida e notória
Instalou-se em meu coração
Quimeriano
Meu olhar agudo faz-se grave
Enquanto minhas pétalas se abrem
E todos os meus poros sabem
Da tatuagem permanente desse amor
Sagrado
O labirinto conduz meus passos
Águas desembocando em foz
Em minha mente somente tua voz
Encostando-se em minha alma
Fugidia
Lua girando em minha órbita
Minhas palavras vão se dissolvendo
Nesse rio lento por você vivendo
Transbordando todo o sentir
Alimento
E são flores coloridas orvalhadas
Na eterna primavera lunática
Gotinhas em dose homeopática
Dou-te meu cerne e minha razão
Respiração.
Luciana Silveira
[....]
Sonhas
como alimento da vida!
Sonhas
com o amor ideal
e paixões vagueantes,
palavras sedutoras
em noites delirantes
de prazer sem fim.
Sonhas
por mim,
com o mistério
de ser quem sou
e de me teres.
Sonhas
em cada noite
o amor que desejas,
o amor que esperas,
com o teu coração,
suspirando entrega.
Sonhas
delirando amor,
muito amor!
José Manuel Brazão
sábado, 5 de fevereiro de 2011
ANA COELHO e o seu novo livro
A minha boa-nova
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Sei que existes
Não sei quem tu és
Sei apenas onde vives
Vives logo alí tão distante
depois das águas gélidas do oceano
do lacrimejar morno dos meus olhos
das batidas ocas do meu coração
Na hora do brilho dos meus olhos
E antes do cessar dos meus lábios!
Neusa
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Lágrimas
Hoje acordei tão triste
que minhas lágrimas
simplesmente caíam
sem que eu as sentisse
Sim, eu não as sentia
estava inerte e pálida
Lágrimas era o que eu tinha
Lágrimas é o que eu sou
Metade do mar
foi o que chorei
a outra metade
é o que vou chorar
Lágrimas que tanto quero
Que venham todas
quero mergulhar
e depois morrer...
Neusa
em participação especial
Desarranjo
Seguir em frente
Do fundo de noss'alma vem surgindo
Desejos de levar em frente, a vida
Mesmo trazendo dentro uma ferida
Por infortúnios que vêm repetindo.
Mas por mais dores que tenhamos vivido
Viver é nossa dádiva maior
E as tristezas que sabemos de cor
Deixa-as nalgum canto adormecido
Em cada dia um novo recomeço,
Nova oportunidade sempre traz
Parar no tempo não nos satisfaz.
Se devo escolher quando amanheço,
Coloco o otimismo em meu caminho
E nele nunca vou estar sozinha...
Rosangela Colares
Se não for amor
Se não for amor
O que será?
Se não for amor, responda-me
Explica-me as coincidências
Resume a total transparência
Questiona essa dependência
Do amor que acabara de chegar.
Se não for amor, diga-me
Conforta as noites em claro
As conversas, momento mágico
O desejo intenso do abraço
Os versos lidos na madrugada.
Se não for amor, ensina-me
A olhar para o céu e não lembrar
A sentir a brisa e nele não pensar
De saber do Meu Amor, que longe ainda está
E que o esperado afago agora não posso ter.
Se não for amor, mostra-me
De onde vem essa força
Essa união exagerada, quase louca
A entrega, dedicação, tantas coisas
Que me faz amar e amar.
Se não for amor, castiga-me
Impossível sentir sem ser verdadeiro
Imperdoável não sonhar por inteiro
Difícil descrição para o que é perfeito
Quando realmente o amor existe.
Se não for amor, Meu Deus
o que será?
Patrícia Ximenes