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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Sentimentos silenciosos


Zumbe o silêncio tão certo e poderoso,
neste nosso lar, onde a tua imagem reparto
com aquele momento inquietante e saudoso,
de um adeus que choro neste silencioso quarto.

Branca e silenciosa a neve na noite cai,
tão igual à que cai ao teu redor... branca e fria,
mas nem por isso esta distância se vai
nem com o partir da noite e o chegar do dia.

E esquadro um olhar suave, tímido e cálido,
falo contigo e escondo que é triste a minha hora
e com a alma rasa de choros do meu peito pálido
não falo da queda das lágrimas, quando foste embora!

Fernanda Rocha Mesquita

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