terça-feira, 4 de janeiro de 2011
No silêncio da poesia germina
Esta manhã andei folheando os livros da vida
Suas folhas tinham-se tornado em matizes coloridas
Com palavras que escolhi, cartas do verão passado.
Olhei os poemas com letras desbotadas
Removi pecados passados em um texto amarelecido
Encontrei uma página em branco
Plantei os bulbos das palavras que me veio em mente
Plantei algumas consoantes
Caprichei um pouco mais em um quadro de vogais
Estou rodeada de fileiras de canteiros
Os acentos com um ar aromatizado
Semeado para fazer um pequeno recanto de lendas
Mais tarde preparou a praça de pontuação
Uma fila de vírgulas, um pouco de exclamações.
Uma saraivada de vários pontos e perguntas
Eu coloquei o efeito estufa na feira das Maiúsculas
Cobri parênteses com minúsculas
E cercado por caracteres, um tule especial.
Enxuguei a papelada com estilo
Armazenado em um frasco de vidro frágil inspiração
Fechou o livro na página e tornou-se febril
No jardim das palavras, a disposição chegou
Eu comecei plantando guardas not books
No silêncio, os poemas podem germinar.
Rosangela Colares
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