domingo, 23 de janeiro de 2011
Enquanto morre o poema
Crescem-me as árvores nuas no olhar
Seca-se-me o mar alto nos lábios
Enquanto a lua se espalha num corpo ausente
Crescem-me as asas de águia solitária
Seca-se-me o grito na boca magoada
Enquanto o vento me abraça, vazio
Cresce-me a liberdade no sangue frio
Seca-se-me a coragem nas mãos encrespadas
Enquanto o poema, declamado pelos dedos, morre.
Vanda Paz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário