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sábado, 2 de maio de 2009

Rosa


Meio-dia já a descansar.
Pés afadigados.
Um silêncio fechado.
Roseiral a pintar o momento.
Olhar já gasto preso na rosa encarnada
de cheiro a embebedar, de cor a viciar.
Sem lágrimas
a rosa deixa-se colher.
Esfarripa o silêncio
inventa segredos.
Sobrevoa o oceano.
Agita as ondas
em limalhas dúbias.
Desembarca.
Ilustra uma página
cedendo-lhe o corpo.
Num marcador
compõe uma história musical
ainda por cantar.
Foge na poeira da tarde.
Viaja agora por terra
para noutras mão descansar.

Marta Vasil

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