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terça-feira, 29 de julho de 2008

Deito a noite


Deito a noite,
adormeço a vida.

Espalho-me em cama
quente de recordações.

Enrolo-me em lençóis
de areia e vento
que celebram o dueto na duna.

Deixo os dedos acesos
e toco a saudade
nas teclas de um peito
que se enche ao lembrar-se
de um poema distante.

Oiço a brisa
que chega com a lua.

Deito a noite,
acordo o desejo,
o desejo, de voltar a ser tua...

Vanda Paz
( Texto e imagem )

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