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sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Perda


Sou pai de três filhos: o João, o Pedro e o Paulo . Em Agosto de 1997 partiu o João para a vida eterna .
A propósito deste acontecimento, certo dia recebi uma mensagem da minha amiga Vanda e retive uma parte que passo a transcrever:
“ ....a perda do João foi a dor mais intensa fora de todos os limites, mas foi também o arranque para uma nova vida ...não consigo nem imaginar a dor da perda de um filho... e mais adiante ... ficou lá um vazio que tenta preencher e tem conseguido com o pensamento do além e com a mão de Deus...
Estas palavras motivaram a crónica que intitulei “ Perda “.
O João após muito sofrimento partiu para a vida eterna como já referi.
Acredito na imortalidade da alma ( a vida continua ). Por isso a vida eterna . Assim concebo a nossa existência .
Agora, mais esclarecido para mim não houve uma perda, mas a ausência física (muitas saudades, quem as não tem!), mas foi numa “viagem” que um dia todos nós a faremos.
Como superei tudo isto?
Pela imortalidade da alma eu compreendi que a morte faz parte da Vida tal como o nascimento . Morte é vida!
São o começo e o fim desta passagem.
Vivo os meus dias com a convicção que o João nos acompanha e só nos separa um véu. Vivemos no plano terreno e ele no plano espiritual. Sinto-o sempre presente!
O seu cheiro, o seu sorriso a sua tolerância, o seu olhar de compaixão, não me abandonam.
Pensando que a sua alma está bem iluminada, a minha vida decorre, procurando evoluir para ser útil ao próximo e, olhar atentamente pelos outros filhos Pedro e Paulo .Acompanhar os seus caminhos ...
De facto, como dizia a minha amiga Vanda “foi o arranque para uma nova vida”.Deus sabe que passei a ver a vida de outra forma; lição de vida !
Serenamente, fico nas Suas Mãos, aguardando a minha hora de: morte é vida !

José Manuel Brazão

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