Apagam-se as luzes,
sigo o brilho do teu olhar
no centro da sala,
as mãos tocam-se.
A música encosta-se às paredes
enquanto me rasgas a alma
quando juntas o meu corpo
ao teu.
Somos um.
Avançamos lentamente.
Guias-me com gestos intensos.
Soltamos as asas
em pleno compasso.
Os pés ganham vida
seguindo um ritmo marcado
pelo tempo da experiência.
Já nada nos faz parar,
flutuamos no espaço
até ao calar dos corpos.
Vanda Paz
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