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terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Adeus solidão


Recebo, semanalmente, textos de Alexandra Solnado e resolvi escolher o que passarei a publicar e que achei adequado para início do ano 2008:
A SOLIDÃO
A solidão não existe. A solidão é tão-somente medo do eu. Medo de si próprio. O ser humano anda há tantos séculos a prestar atenção aos outros: o que dizem, o que pensam, o que acham, o que julgam, que não desenvolve o hábito de olhar para dentro. Sentir-se por dentro. Lembras-te: «Vocês não são o que pensam, são o que sentem»?Claro que o ego também não ajuda, está sempre a dizer-te o que deves ou não fazer. E se reparares, são sempre indicações para fazeres ou pensares coisas fora de ti. Sempre fora de ti. Sempre relacionadas com os outros.Conclusão: começa a haver um abismo entre o que tu és e o que tu pensas que és.É muito mais prático achares que és uma série de coisas. Se essas coisas forem politicamente correctas vão dar-te imenso jeito. Mas esqueces-te de que existe um ser aí dentro que quer e precisa de existir, que tem vida própria, às vezes até muito mais desconcertante do que te daria jeito admitir. Esse ser és tu e não há como negar. Quanto mais sentes esse ser que és a querer existir, maior é a tendência de te esconderes por detrás dos outros.Vou dizer-te uma coisa. Por mais absurdo que pareça, é muito mais fácil sermos o que esperam de nós, do que sermos nós próprios. Porque ao seres o que esperam de ti não entras em conflito com ninguém, não desiludes ninguém, enfim, a tua vida fica muito mais fácil de viver... com os outros. O problema é que se torna cada vez mais difícil viveres contigo própria. E porquê? Porque ao seres - ou tentares ser - o que esperam de ti, não contas com uma frequência energética fortíssima que não aceita ser contrariada. O teu eu. A tua alma. O teu ser. A tua essência.A solidão não existe. O que existe é o Universo a retirar todas as pessoas do teu caminho para definitivamente te encontrares com o teu interior. O retorno ao ambiente mágico do teu interior. E esse ambiente, quanto mais vivido for, mais mágico se torna.


Alexandra Solnado

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