Viajo vezes sem importância
ao mundo do faz de conta
penso que não sei pensar,
deixo as palavras calar
porque sei que poeta não sou,
mas indago: Afinal o que serei?
Um pouco de Pessoa
com a tabacaria na algibeira
ou talvez Camões
que canta em plenos pulmões
que o " Amor é chama que arde sem se ver"?
Camões não serei por certo,
pois sei; que o amor arde e que se vê
em chamas, de tudo aquilo que completamos!
Pessoa também não serei
porque em mim só um ser habita
o mesmo que escreve e vivi
os pedaços de verdade da vida!
Não sei escrever palavras
apenas ordenadas;
todas as palavras
que a ponta do dedo vertem
já doeram dentro do peito
mesmo quando elas sorriem em vós
em mim já se rasgou o ventre
num parto sem dor
num ato de amor!
E afinal que importa, o poeta que sou?
Quando a minha vida é poesia!
Nunca a deixo seguir vazia...
Ana Coelho
ao mundo do faz de conta
penso que não sei pensar,
deixo as palavras calar
porque sei que poeta não sou,
mas indago: Afinal o que serei?
Um pouco de Pessoa
com a tabacaria na algibeira
ou talvez Camões
que canta em plenos pulmões
que o " Amor é chama que arde sem se ver"?
Camões não serei por certo,
pois sei; que o amor arde e que se vê
em chamas, de tudo aquilo que completamos!
Pessoa também não serei
porque em mim só um ser habita
o mesmo que escreve e vivi
os pedaços de verdade da vida!
Não sei escrever palavras
apenas ordenadas;
todas as palavras
que a ponta do dedo vertem
já doeram dentro do peito
mesmo quando elas sorriem em vós
em mim já se rasgou o ventre
num parto sem dor
num ato de amor!
E afinal que importa, o poeta que sou?
Quando a minha vida é poesia!
Nunca a deixo seguir vazia...
Ana Coelho
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