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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Grãos de areia


Esse mar que vagueia,
por entre o presente e o passado,
numa turbulenta areia
em cada grão recorda o que foi sentido.
Deixando marcas pela praia
de todo o amor contido
sobre o olhar atento de uma rocha
que segue o tempo perdido...
Da rocha já pouco sobra,
se não partículas,
das nossas sílabas,
que esse mar recorda.
Dessas almas pequenas
que nos escorrem pelas mãos
que trazem solidão apenas
com salpicos de ilusão.
A ilusão de um passado presente
que vive nos grãos de areia que fogem
por entre as mãos de quem sente
a sua ultima beleza consomem.
E é com a areia que nossos corpos
se conjugam em contento
num presente sem futuro
num encontro de momento.

Vanda Paz

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