
Às vezes gostava de ser nada, ser apenas ninguém. Daqueles que se passeiam no jardim sem saberem o nome. Às vezes gostava de não sentir o ar, de não ver o sorriso ou simplesmente não falar. O mundo está para ser calado, enquanto o meu corpo só pede para gritar. As minhas mãos serram as ganas de um presente mascarado, de um ódio embriagado com vinho adocicado por palavras infiéis. A ferida dói, dói muito, magoa o sentimento que cresce em ninho salgado. De qualquer modo trouxe um saco, onde guardo tudo e sorriu.
Vanda Paz
Vanda Paz
Sem comentários:
Enviar um comentário