
Me perco contornando os vincos das linhas do seu rosto.
Desenhando no ar meu encosto, sereno e doce, pronto pra mim..
E assim deslizo as mãos em sua barba,minha áspera seda sonhada
pela sutil imaginação dos meus dedos.
E nessa hora sou grande e me atrevo a expulsar os velhos vultos
do medo...de me perder de ti dentro de mim.
E alardeio essa tal felicidade, companheira desmedida da verdade
sem início, sem meio, sem fim.
Me regalo com o embalo dos pedaços, costurados, tricotados,
emendados, que transformam nossa história em um nó.
Me deslumbro com sua suposta ausência, me trazendo
mais e mais sua presença, amarrando nossas almas numa só...
Não me ocupo de sofrer pela distância,
muito menos desse tempo a intolerância
que insiste em dizer não e nunca sim..
Pois embora tudo seja incoerência
Para mim, apenas claras evidências
da eternidade desse amor dentro de mim.
Sandra Freitas
Esse foi um dos poemas que saiu mais naturalmente...fluindo lindamente, gostei de fazer..
ResponderEliminarabraço Zé..