
Sim… sou culpada!
amortalhei os meus desenganos
como quem esconde um segredo
num cofre arrombado
numa depredação desmesurada.
Ao escolher
entre o tudo e o nada
Escolhi vestir-me
de sonhos desfeitos
para que a minha ingenuidade ferida
se refizesse
na essência dessa desilusão!
Feriram o meu coração
impunemente!
E eu...
ah, doida como sou
trajei-me a preceito.
Bani os recalcamentos
como se descalça
galgasse pedras e montes
para renascer
nas feridas sangrando.
Sou culpada, sim…!
Por ti,
por mim,
por nós...
Por não saber
romper o silêncio
que se aglutinou em mim
em fúrias de vento
açoitando as rochas
e neblinas
ofuscando a minha lucidez!
Emudeci
Morri
Renasci…
Só depois
agasalhei a minha nudez
com os teus olhos cristalinos
a iluminarem a minha descrença
Como se fossem um farol.
… Desculpa, meu amor!
As ausências
As fugas
As recaídas
O amor flamejante
silenciado.
Este amor incompreendido!
Vóny Ferreira
em participação especial

Se tenho ainda memória para mim foi o mais belo que lhe li.
Estou emocionadíssimo pelo que acabei de ler e o que agora escrevi neste espaço.
Beijo carinhoso do ZÉ
Vony eu fico sem palavras diante de versos tão profundos, tão sinceros, como se fossem gritos de amor!
ResponderEliminarUm sofrimento tatuado na carne corroendo as entranhas...algo indivisivel e nada que eu possa te dizer seria à altura dos teus lindissimos versos!
Resta-me aplaudir-te de pé!
Com meus respeitos!