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terça-feira, 24 de junho de 2008

Vivo amando


Como dizes?!...
Ao amor ... eu, disse não?...
Olha!...
Segue o meu passo
Dá-me a mão!
Amo a cada abraço
Entre a noite e o dia...
Amo a cada beijo
Entre o mar e a areia
Amo o colorido de um jardim
E do perfume a que me rodeia...
Amo a melodia dos pássaros
Amo o silêncio dos meus filhos...
Quando dormem... e no silêncio da noite...
Apenas ouço os meus passos!
Amo a voz de um amigo
Amo o olhar de uma criança
Quando, sem me conhecer...
Um sorriso... para mim lança!
Amo a sombra que me acolhe
Do calor do sol escaldante!
Amo o sol que me aquece...
Num frio dia!
Amo a chuva que me adormece
Amo o vento que canta e me assobia!
Como dizes, que ao amor, eu disse não?...
Amarei o momento...
Em que o amor, um rosto... desenhar...
E sem mentira e tormento
Viveremos todos os amores...
Que a vida nos pode dar!...
Fernanda Rocha

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Tanto tempo!


Passou tanto tempo!
O que aconteceu?
Nada!
Ajudei-te?
Quis ajudar,
mas não resultou!
Tratei-te como uma flor,
como uma rosa:
vermelha ou amarela!
Queria ver a tua evolução,
tratei-te com todo o amor,
com o coração.
Ilusão ou desilusão?
Não sei responder!
Pensei
que estavas feliz,
mas o Sol não me ajudou.
Foste empalidecendo,
eu fui sofrendo…
Aqui estou triste,
angustiado,
desesperado,
por não haver um sol nascente,
que te ajude,
como eu gostava!
Passou tanto tempo:
ainda estou aqui!
Não como antes,
mas só:
falta-me a rosa,
que já não é como antes!
José Manuel Brazão

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Reflexo de Luz


És um reflexo de Luz,
vindo do Céu para a Terra!
És a continuidade da beleza,
que me paira na memória.
Ela onde chegava,
parecia Sol.
Luz,
muita Luz!
Contigo acontece o mesmo …
Luz,
Muita Luz.
Continuidade?
Assim seja …
A tua sinceridade,
a humildade
e a sensatez,
aprendeste com Ela,
sem dares por isso.
É um mistério,
que começas a entender:
a Vida!
O teu caminho na Vida!
O esplendor em Ambas será:
Amor,
muito Amor!
A voz do coração a dizer:
palavras de amor, de compaixão
e de tolerância!
Olhas para o Céu
e procuras essa Luz.
Ela não se vê!
É um reflexo…

Jo´sé Manuel Brazão

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Agradecimento


Por vezes caminhamos
sem saber bem como andar...
Deveriamos ir fogosamente com todo o entusiasmo
ou com precalço, apenas devagar?
Por vezes indagamos
Se as nossas opções são as melhores
Se as nossas vidas são as piores
Porque não olhamos à volta enquanto reclamamos?!
Por vezes lembramo-nos
de sorrir e agradecer
mas são raras as vezes
pessoalmente, tenho que reconhecer.
Por isso aproveito aqui e agora,
Já está mais do que na hora.
Agradeço a Deus pela luz e beleza
Agradeço ainda por toda a tristeza
Que me tem feito penar e crescer
Que me tem transformado enquanto ser!
Vera SOL

Poema ao soldado


Em Março de 2006 a minha grande e jovem amiga Vera quis tributar-me amáveis palavras, ao meu percurso na vida e na poesia.
Assim, entendeu transformar as palavras neste bonito poema.

José Manuel Brazão


"Poema ao Soldado"


Com o olhar meio perdido
e o cabelo caído
falas-me dos tempos em que foste feliz.
Passaram alguns anos,
ninguém o pode negar...
é muito doloroso sentir o tempo passar.
Com a cara pálida
e os lábios semi cerrados
falas da glória e do auge do passado.
Cai uma gota preguiçosa
pelo teu rosto esguio
que fazem sentir o presente sombrio.
Não baixes os braços agora
meu bravo guerreiro;
Já chegou a "Primavera"
não sentes o cheiro?
Não pode "chover" para sempre
e este inverno acabou.
Respira fundo e sorri,
lembra-te daqueles que gostam muito de ti!

Vera SOL

quarta-feira, 18 de junho de 2008

As sem-razões de amor


Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Eu sei que vou te amar



Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
A cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente eu sei que vou te amar
E cada verso meu será pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu Sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar,
Mas cada volta Tua há de apagar
O que essa ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver a espera
De viver ao lado teu
Por Toda a minha vida.
Vinicius de Moraes

domingo, 15 de junho de 2008

Face poema






Quando acabei de ler o poema, reflecti e resolvi procurar nos meus arquivos o teu poema "O que é um papel branco? Retirei a parte final:

"... Um papel branco
Sem ter nada escrito
Poderá ser a descoberta
De um grande pintor
Ou de um grande escritor.
Um papel branco
Sem ter nada escrito
Era esta folha...
Antes de ter começado
A escrever."


Assim, no dia 11 de Maio de 1984, nasceu uma grande escritora, que na minha opinião está num ponto supremo! Com uma folha de papel, tu própria fizeste a descoberta!

José Manuel Brazão



Rasgo o meu sorriso
em veludo rosa, macio.

Prego o sal das minhas lágrimas
secas, brilhantes
e faço os meus olhos.

Retoco-os com versos alegres
pintando-os e alongando-os
com gargalhadas de gente pequena.

Deixo espalhar baton vermelho
com sabor a poema
nos lábios declamados por ti.

A face rosada quente
és tu que a escreves
quando soltas palavras de desejo
e dizes que me queres.


Face poema declamada
pela imagem do pensamento.

Vanda Paz

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Ocupo o teu silêncio


Ocupo o teu silêncio
Em memórias distantes

Os sentimentos
Retornam com as marés
Em anseios fortes

Os momentos
De nós dois voltarão,
A seu tempo...

As mãos estão suadas
De tanto escrever
O que não se sente na pele

Em breve
Faremos duetos
Calaremos os silêncios

Enquanto isso...

Ocupo o teu silêncio
No espaço de um poema

Vanda Paz

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Santo António - Quadra popular


Santo António, de matreiro,
finge andar muito ocupado.
A Câmara não tem dinheiro,
ele assobia pró lado.
Abílio de Andrade Carneiro
2008

terça-feira, 10 de junho de 2008

Vejo a luz do Sol ...



Tanto pedi,
que Ele ouviu;
o que era uma tormenta,
passou a serenidade.
Precisei de tempestade,
para ver a luz do sol,
como há muito não via!
Só os desencontros
nos levam aos encontros:
connosco!
Quero a essência do amor,
para os que me amam,
os que se aproximem,
de mim ...
Não quero confusões,
apenas emoções
e tudo, mas tudo,
que me faça viver,
com alegria a vida,
vendo a luz do Sol,
com Verdade...

José Manuel Brazão

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Segredo


Nem o Tempo tem tempo
para sondar as trevas
deste rio correndo
entre a pele e a pele
Nem o Tempo tem tempo
nem as trevas dão tréguas
Não descubro o segredo
que o teu corpo segrega.

David Mourão Ferreira
Editorial Presença

Passa por mim uma borboleta


Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.
Alberto Caeiro

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Dalai Lama - Reflexão



"Não existe nada absoluto,
tudo é relativo.
Por isso devemos julgar
de acordo com as circunstâncias."


Dalai Lama

Amor em silêncio



Sofro,
sofro muito,
com este amor,
com o meu silêncio!
Amo
como nunca amei...
Por me sentir só?
Não...
Porque não tenho a rosa,
a rosa vermelha!
Tantas rosas conheci
e só esta eu admiro!
No slêncio,
sinto o seu aroma,
vejo a sua cor:
de vida ...
o seu olhar generoso:
mas não me dá
a alegria,
o afecto, o amor!
É bela a paixão,
mas tem dor,
aperta o meu coração!
Estou neste desencontro,
neste amor em silêncio,
que procurei
e de que me arrependo...

José Manuel Brazão

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Abraço o teu silêncio



Tento conviver com o silêncio,
mas em certas situações
é para mim um sofrimento!


José Manuel Brazão



" Abraço o teu silêncio "

Oiço um novo ritmo
no meu coração...
quebro a promessa...
Sinto o sangue quente
a ultrapassar qualquer limite.
Encontro-me infinitamente
a olhar o azul do céu,
a cheirar uma rosa vermelha
e a sorrir...
Sinto-me a planar
no significado
das tuas palavras...
uma a uma...
declamadas num livro teu.
Sinto a intensidade
do teu beijo...
letra a letra...
Abraço o teu silêncio
e sonho
um dia encontrar o teu olhar...
Vanda Paz

segunda-feira, 2 de junho de 2008

A miragem



Não direi que a tua visão desapareceu dos meus olhos sem vida
Nem que a tua presença se diluiu na névoa que veio.
Busquei inutilmente acorrentar-te a um passado de dores
Inutilmente.
Vieste – tua sombra sem carne me acompanha
Como o tédio da última volúpia.
Vieste – e contigo um vago desejo de uma volta inútil
E contigo uma vaga saudade…
És qualquer coisa que ficará na minha vida sem termo
Como uma aflição para todas as minhas alegrias.
Tu és a agonia de todas as posses
És o frio de toda a nudez
E vã será toda a tentativa de me libertar da tua lembrança.
Mas quando cessar em mim todo o desejo de vida
E quando eu não for mais que o cansaço da minha caminhada pela areia
Eu sinto que me terás como me tinhas no passado
– Sinto que me virás oferecer a água mentirosa
Da miragem.
Talvez num ímpeto eu prefira colar a boca à areia estéril
Num desejo de aniquilamento.
Mas não.
Embora sabendo que nunca alcançarei a tua imagem
Que estará suspensa e me prometerá água
Embora sabendo que tu és a que foge
Eu me arrastarei para os teus braços.
Vinicius de Moraes
24.07.1933

Preciso de um amigo ...


Sempre que leio um poema do saudoso João Almeida do "Cantinho da Poesia" fico muito emocionado, porque me recordo - pelos escassos contactos - da sua forma gentil e fácil de criar amigos. Mesmo assim sentia necessidade de mais e mais.
Na vertente poética constata-se a sua sensibilidade e a humanidade apuradíssimas.
Em Outubro de 2007, no inicio deste blog prestei-lhe o meu tributo, publicando o seu poema " Amigo ".
Muita Luz, Jota
José Manuel Brazão

"Preciso de um amigo ..."
Preciso de um amigo...
De alguém que tenha algo para dar,
Que confie em mim
Que não me abandone nos piores momentos;
De um amigo
Que não o seja só de nome,
Que me ouça e me ajude
E ao qual eu também possa ajudar!
De um amigo,
Não de um conhecido,
Como muitas vezes acontece...
De uma pessoa aberta e alegre
Em quem possa confiar!...
Muitas vezes,
Apesar de rodeado de "amigos",
Sinto-me só
E então penso, terei amigos de verdade?
Poderei falar abertamente com esses amigos?
É que gosto de conhecer os amigos,
De me divertir com os amigos,
De viver com eles e para eles!
Por tudo isto,
Tu, se pensas que tens amigos,
Amigos de verdade,
Reflecte um pouco, pensa
E então me dirás se são mesmo amigos...
Mas não caias, nem desanimes
Se tal não acontecer,
Pois há muitas pessoas
Que como eu, precisam de um amigo,
E tu podes ser esse amigo
Que lhes falta... e que me falta!
João Almeida

domingo, 1 de junho de 2008

Como um girassol



Procuro a luz
como um girassol.
Procuro a luz
que brilha o meu coração!
Parece distante,
mas está próxima...
Como um pássaro,
procuro-a:
Está dormindo,
sonhando com o mar...
O mar que a fascina,
onde tantas ondas,
deram em poemas...
Conheço esse mar
e envolvo-me
com as suas ondas;
regresso
para mais um poema:
não com rosas,
mas com girassois!

José Manuel Brazão